Nessa semana a Índia dos pranayamas, das iogas e de Ghandi viveu dias de terrorismo insano, graças a intervenção de mais um grupo extremista. Há exatos 45 anos, esse grupo de extermínio de machos atacavam Andy Warhol e, dias depois, o Kennedy seria asssassinado. Contrastando com os assombrosos eventos em Bombaim, não pude deixá de me divertir com a leitura de um grupo dessa estirpe que tentou matar o artista pop. O que mais surpreende, além do nome, é o alvo que ecolheram para atacar. Segundo Warhol, o grupo era homofóbico e defendiam um mundo feminino, maravilhoso e genial. Noutras palavras, sem machos ou com machos escravos, sendo explorados pelas abelhas rainhas.
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Em épocas de terrorismos, de falta de humor, de repetições sem variação dos mesmos temas, ou como diria Breton a Buñuel, na década de 50, "hoje em dia, não há mais lugar para o escândalo". Nessa toada, lembro uma anedota do irreverente Barão de Itararé. Ele publicou uma série de reportagens sobre o João Cândido, o Almirante negro, herói da revolta da chibata, de 1910. O barão foi sequestrado e espancado por um grupo de oficiais da marinha - jamais identificados. Ao regressá do passeio, escreveu na entrada de seu gabinete: "Entre sem bater"..