sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

escritas oral(idades) - encruzilhadas

en

cr uz

ilha

da

oral idade

escrita



entre o rigor da escolha antropofágica (antologia)

e a liberação da luta dionisiaca ou das brisas de Esu

morte e vida severina...


o viajante Esu entre a oralidade e a escrita...

o riso do fiscal...

o policial do riso, eis o fiscalizador do universo...

(a dor atravessa as palavras escolhidas)


a viagem pelas narrativas de mundo, pelos mundos criadros,

ativados pela memória e a imaginação...

como Marco Polo narrando as cidades viajadas a Kublai Klan...

(as narrativas antropofágicas como modo de operação ético)


brasil

atravessado pelos mensageiros

(narradores antropofágicos dos encontros éticos, via Espinoza)

um país sem pai, um país de mensageiros...

Fatumbi – “mensageiro entre mundos”

viagem-deslocmento-travessia de Riobaldo Rosa


eis o encontro

“totemizar o tabu”

trazê-lo para a vida

cantar para os Orisas viajarem até o aiyé...

antropofagizar a tradição

através da devoração das tradições iorubá e das culturas escritas

(via Leminski, Mautner, Bethânia, Perlongher)

com desvios rosarinos, santafesinos, porteños...


(música)

encontro entre mundos

(mensageiros, cavalos, antropofagias)

letra e voz,

desenho impresso, grafado perfurante e as ondas que são arrastadas pelo vento...

não há síntese possível,

(manter a contradição)

pero compor com o polemos e a antologia...

potencializar as vidas, todas para que inexsurjam mais vida, mais liberação-contenção


abaixo as repressões, os medos, os limites...

não existem limites para nada...

contenção para escutar vozes, sons, palavras, gestos e ritmos...

ondas que voam levando folhas ou que são perfuradas nas folhas de papel...

eis a sociedade tradicional das folhas

a folha do livro ou a folha branca para ser escrita

E a folha da copa das árvores – Ewe Ossain –