en
cr uz
ilha
da
oral idade
escrita
entre o rigor da escolha antropofágica (antologia)
e a liberação da luta dionisiaca ou das brisas de Esu
morte e vida severina...
o viajante Esu entre a oralidade e a escrita...
o riso do fiscal...
o policial do riso, eis o fiscalizador do universo...
(a dor atravessa as palavras escolhidas)
a viagem pelas narrativas de mundo, pelos mundos criadros,
ativados pela memória e a imaginação...
como Marco Polo narrando as cidades viajadas a Kublai Klan...
(as narrativas antropofágicas como modo de operação ético)
brasil
atravessado pelos mensageiros
(narradores antropofágicos dos encontros éticos, via Espinoza)
um país sem pai, um país de mensageiros...
Fatumbi – “mensageiro entre mundos”
viagem-deslocmento-travessia de Riobaldo Rosa
eis o encontro
“totemizar o tabu”
trazê-lo para a vida
cantar para os Orisas viajarem até o aiyé...
antropofagizar a tradição
através da devoração das tradições iorubá e das culturas escritas
(via Leminski, Mautner, Bethânia, Perlongher)
com desvios rosarinos, santafesinos, porteños...
(música)
encontro entre mundos
(mensageiros, cavalos, antropofagias)
letra e voz,
desenho impresso, grafado perfurante e as ondas que são arrastadas pelo vento...
não há síntese possível,
(manter a contradição)
pero compor com o polemos e a antologia...
potencializar as vidas, todas para que inexsurjam mais vida, mais liberação-contenção
abaixo as repressões, os medos, os limites...
não existem limites para nada...
contenção para escutar vozes, sons, palavras, gestos e ritmos...
ondas que voam levando folhas ou que são perfuradas nas folhas de papel...
eis a sociedade tradicional das folhas
a folha do livro ou a folha branca para ser escrita
E a folha da copa das árvores – Ewe Ossain –