esvai
budismo, antropofagia, dharma, devir, pensamento fronteiriço, outras gnosiologias, cultura contemporânea e meditação.
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
quinta-feira, 15 de abril de 2010
antropofagia – nos rastros da opção descolonial (parte I)
A dinâmica das encontrovérsias que motivam as encorporações-aglomerações-devorações ente natureza e cultura respeitam certas regras equivalente ao nomos, de outro modo seria apenas um canibalismo, uma batalha de todos contra todos. Para Haroldo de Campos, “o canibal era um ‘polemista’ (do grego pólemos = luta, combate), mas também um ‘antologista’: só devorava os inimigos que considerava bravos” (Campos, 1992: 235). O rigor é imprescindível no jogo antropofágico, ou seja, é preciso escolher nossos inimigos e, dentre eles, o mais combativo ou o mais inteligente, uma vez que ao devorá-lo apropriar-nos-emos de sua força.
[continua]
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Veja, a Sociologia e a Filosofia
quinta-feira, 16 de julho de 2009
delírio rigoroso (parte II)
“Zumbi é o senhor da guerra, é o senhor das demandas... e quando Zumbi chega é Zumbi é quem manda” (Jorge Bem, “Zumbi”). Como sobreviveram os ritmos, a espiritualidade e os modos de subjetivação negra dos descendentes de Zumbi por entre as ruas retilíneas e diacrônicas da cultura ibérica? A força de Zumbi é a das covas, das grutas, dos subterrâneos, dos ventos, do fogo, dos mares e cascatas. “Eu quero ver, quando Zumbi chegar... o que vai acontecer”. Não só sobreviveram como se afirmaram e reaparecem nas esquinas, nas curvas das ruas, na morada de Exu; atravessando a natureza. Hoje insurgem como modo de subjetivação alternativo ao padrão identitário do homem branco ocidental.
O ar, o fogo, a mata, o mar estão impregnados; contaminam os corpos que por ali passam. Os corpos são formados, dizem os chineses, pelos movimentos dos cinco elementos – metal, água, madeira, fogo e terra. Tudo se contamina, se afeta e se forma pelas encontrovérsias – como transtornos ininterruptos – das forças e das formas. Antes de sermos identidades, somos corpos como fome, com sono, adoecendo sem causas aparentes... para os chineses, as doenças são desequilíbrios em nossos padrões de comportamento...
“Yo pienso que en lo que hace al plano del pensamiento se trata de tratar de acabar con un tipo del pensamiento del discurso teórico cuya función sea la de sofocar – aun bajo la excusa de significar –, de sofocar lo real. Lo real en su sentido más pasional o pulsional. Entonces, hacer un plano de expresión donde, digamos, la corporalidad, el deseo, en última instancia, la locura y el delirio pueden pesar” (Perlongher, 2004, p. 361).
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instranse – salto nos confins do mundo
na grande consciência – no fluxo...
O corpo como uma “caixa de resonância”, ou seja, “el cuerpo como cuerpo”. Nessa caixa de ressonância se escutariam todo tipo de sussurro, burburinho, ruídos, sons, cheiros, texturas, numa palavra, intensidades. Permancer e observar, escutar, sentir, cheirar, tocar tudo com todo o corpo; observar os pensamentos, esperar que se acalmem.
satori
escrituração
mensageiro dos planos de inmanencia, das viagens através das experiencias de éxtasis
espreiteza
aguardar o momento oportuno para o salto nos confins do mundo.
o delírio rigoroso como modo de operação
intervenção mágica nesse mundo inapreensível.
bibliografia:
CAMPOS, Haroldo de: Metalinguagem e outras metas. São Paulo: Perspectiva, 1992.
PERLONGHER, Néstor: Papeles Insumisos. Buenos Aires: Santiago Arcos, 2004.