quarta-feira, 8 de outubro de 2008

corpo exausto pelo gasto - liberando serotonina e endorfina ou conversas com a gamo

Narra Riobaldo: “o real não está na saída nem na chegada: ele se dispõe para a gente é no meio da travessia” (Rosa, op.cit., p. 80). Só há a experiência – a travessia na vida, pelos lares provisórios. Além disso, restam o ego, os objetivos, as perspectivas – por definição injustas, como diria Nietzsche – e a economia dos prós e contras. Na travessia, o excesso é desperdiçado – o andarilho esvazia a mochila para diminuir o peso. É gasto na geração de endorfina e serotonina, hormônios produzidos com o suor, com o movimento, no dispêndio do corpo que se movimenta e se exaure. Contou-me a filha do magma e pesquisadora em educação física: “a endorfina é produzida para inibir a nossa sensibilidade à dor e a serotonina é o hormônio responsável pelo prazer e o bem estar. Ambos são liberados com o exercício físico”. Portanto, no dispêndio sem a economia de controle de gasto, a filosofia é esgotar, desperdiçar-se, gozar no delírio do corpo exausto.

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