quinta-feira, 4 de setembro de 2008

(diário galego)

(ar, domingo, 31/o8/o8)
(Começo os "informes biográficos": serão intervenções, sempre com esse título - diário galego - nas encontrovérsias do dia a dia na Galiza..)
Atravesso a Espanha, da Catalunha até Santiago de Compostela. Sobrevôo e sinto com o corpo o que minha mente sente a cada divagação, a cada vôo. é o que quis Mishima ao tomar a decisão radical de pilotar um caça.

Inicio um outro momento em minha vida e brindo com um vinho branco – Viña Sol – e efun no ori..

Estive um dia em Lisboa, depois que perdi a conexão para Madrid e consequentemente para Santiago. Pude conhecer o Castelo de São Jorge e ver a cidade de vários ângulos diferentes. Fui ao bairro alto e ao chiado, passando pela igreja do Carmo e seu elevador panorâmico que liga a cidade alta à baixa. fiquei no hotel roma e comi bacalhau à natas com vinho branco – porta da ravessa – no bar liga dos sagres, na calçada de santo andré. Por sorte, passava o clássico português de futebol: Benfica e Sport Club do Porto.

Assim que cheguei à Lisboa me senti só pela primeira vez – completamente só. Sinto-me só e perdido – atordoado. Porém, quero estar vivo, a cada dia mais vivo e alegre. Parto – agora vôo – em busca de vida para, aproximar-se da pulsão de vida poder gerar mais vida. Em Lisboa, me senti como num fado, a sofrere e a chorare, uma cidade demasiadamente melancólica, ainda que belíssima. Lisboa deve ser vista do alto – o firmamento luso – e aí ela se abre, hipnotizante.

Estou preparado para a peregrinação, para rastrear a vida nas rotas da Galícia. Percorrer a história e a cultura celta. Ao mesmo tempo que persigo a grande liberação..

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